título acima na sua objetiva forma de
construção e informação , sintetiza o
que pretendo com este pequeno comentário sobre cânticos, no seu uso e a
necessária preocupação que deve haver quanto à sua qualidade na questão melodia
e letra.
AGRADECIMENTO
a
Aproveito para agradecer de todo meu
coração à forma receptiva e carinhosa como os meus atuais agora vinte e sete
Blogs de Estudos contando com este, estão sendo visitados por milhares de
pessoas no Brasil, e em mais trinta (30) países ─ alguns dos Temas, mais visitados no exterior do que no
Brasil ─; e agora este, para o qual peço a mesma atenção. Isto enseja o meu muito obrigado, e ouso
ainda lhes pedir mais, que divulguem esses meus Estudos sobre Temas (assuntos)
específicos, porquanto, como pode ser constatado nos mesmos, eles foram e são
produzidos com a máxima seriedade na direção de ser útil a todos nós seres
humanos... Também lhes informo que estou aberto às contestações sérias que
visem ajudar esse intercâmbio de idéias e conseqüentemente a todos nós como
indivíduos... Também informo que este Tema ganha presentemente a sua prioridade
e necessidade de maior e melhor avaliação ─ talvez mais didática e também e
incisiva devido à desinformação sobre este e outros assuntos ─, em função de
questionamentos com pouca fundamentação... Para ler os demais, dos atuais vinte
e seis Blogs, bastando clicar no endereço de cada um na lista transcrita abaixo
para acessá-lo.
INFORMAÇÃO
b
Ainda, vale à pena informar de forma antecipada aos estudiosos de
filosofia que possivelmente
discordarão da leitura que faço das obras de Platão nos comentários feitos
neste e outros Trabalhos ; que antes de estribarem-se naquilo
que têm aprendido sobre elas no decorrer da história quanto à autoria atribuída
a Platão, por exemplo: da “Alegoria (não mito) da Caverna”, e outras coisas
atribuídas a ele; que leiam antes, depois ou concomitantemente o meu primeiro
Blog SÓCRATES VERSUS PLATÃO VERSUS MACHADO ─ clicar link do perfil
do autor e depois o nome do Blog na lista que aparecerá ou na lista constante
do final deste Blog ─; no qual identifico o genialíssimo Platão como MODERADOR
CONTEMPLATIVO aquele que não
emite opinião, nem modera de forma incisiva os debates dos fóruns que criou em
suas obras sobre vários assuntos e os legou a nós, toda humanidade.
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Neste meu terceiro Blog, que,
como já informei, é mais um de uma série que pretendo paulatinamente postar.
Buscando motivá-lo para lê-lo; quero chamar sua atenção para o fato de que neste
pequeno comentário (para ter um tema referencial) usarei ou farei também uma pequena
análise de um cântico de muito sucesso que passaria ileso pelo crivo
teológico da maioria dos pastores, como se fora uma especial peça de louvor e
adoração ; como vemos na sua aceitação unânime; teólogos não viram ou têm
visto, não só neste, mas também em outros, erros sérios de teologia e,
inclusive, quanto a sua efetiva pertinência como cântico de louvor e adoração a
Deus.
CÂNTICOS DE
LOUVOR E ADORAÇÃO A DEUS
1
Esse pequeno trabalho não tem como objetivo intento
acusativo ou o de denegrir trabalhos musicais de alguns autores evangélicos;
mas sim, a defesa da nossa fé quanto a possíveis deformações de fato existentes
na maioria do se tem como bom para louvor e adoração; que em muitos casos (como
veremos), decorre da pouca informação teológica da maioria de nós ou o mais
grave e lamentável; que é a massificação cultural quanto ao que não é bíblico e
de apelo comercial ─ que tem levado muitos aos chamados erros bem intencionados
─ infelizmente são sancionados pela unanimidade popular; à qual, nos rendemos
de maneira mágica e tranqüila, sem nos darmos conta de assim estar fazendo.
2
Graças a Deus, que alguns
pastores têm se preocupado com essas questões e de alguma forma também têm se
posicionado contra as heresias difundidas por diversas denominações, que se
dizem evangélicas, no entanto, seguidoras de ensinamentos com sérias distorções
quanto ao que é bíblico; que considerando o direito constitucional; temos que
respeitá-las, mas também, em função desse mesmo direito constitucional, poder
exercer crítica, ainda que respeitosas, mas de valor; principalmente quanto às
denominações (religiões) ditas cristãs, que têm a mesma “base constitucional
divina” (a Bíblia) como eu (falo como um seguidor de princípios congressionais democráticos e não com seu porta-voz), onde
há de fato e de direito o espaço para
ponderar e divergir sobre estas e outras questões.
3
Quem me conhece, sabe das
minhas ponderações quanto a questões de ordem doutrinária quanto ao que se
pratica nas diversas denominações e suas igrejas ─ é até estranho esse fato
(com repercussões no que tange ao direito); pois como já detalhei em um pequeno
trabalho sobre a igreja como instituição; decididamente, do ponto de vista
bíblico não existe o pressuposto de SUAS IGREJAS, que embute a idéia de matriz
e filiais ou o controle efetivo de uma determinada igreja sobre outras, questão
que explicarei num futuro profundo estudo sobre a Transcendente Universal
Igreja de Cristo e as igrejas instituições
humanas com C.N.P.J., que juntas, as sérias, fazem parte da Igreja ─ a Noiva de
Cristo, que com ele viverá eternamente. Quando, nesse futuro estudo, isso será
feito com base teológica, de Gênesis a Apocalipse.
4
Entretanto, para o momento, o
que quero efetivamente tratar é algo de igual modo importantíssimo ─ que também
é um direito constitucional a ser respeitado (legal, portanto) como em
contrapartida é o meu, de com o devido respeito exercê-lo ponderando com
profundidade sobre outras e esta específica questão.
5
Estou falando do badalado ─ em
alguns casos maravilhosos e utilíssimos à causa do Evangelho, que é chamado
ministério musical. Exercido de maneira plena á luz do direito constitucional
por todos, todavia, em muitos casos, de maneira puramente comercial (legal, não
estou questionando isto); não correspondendo ao compromisso maior com a Palavra
de Deus.
6
Estas questões são tão sérias,
que não irei ponderar a questão mercantilismo no seu lado negativo perverso,
entretanto buscarei analisar de modo objetivo a questão teológica, quanto às
flagrantes impropriedades constantes nas letras de grande número dos nossos
chamados cânticos espirituais.
7
O primeiro fato a lamentar é
ser visível não haver por parte dos pastores de quem muitos letristas (autores)
são ovelhas, o devido acompanhamento quanto às suas composições; o que acaba
gerando letras com sérios erros teológicos. Também, em muitos casos isto de
nada adiantaria, porquanto parte expressiva dos autores de cânticos, também são
pastores, e ainda o vazio maior que é a vertente avassaladora de igrejas e
lideranças que optaram pelo evangelho mercantilista triunfalista ─ que tem
grande apelo e lhes rende grandes dividendos financeiros.
8
O segundo fato ─ é o de haver
ainda esperança de se atenuar essas deformações; seria o trabalho sério de
pastores de igrejas sérias; promoverem o prévio exame das letras dos cânticos a
serem inseridos no repertório dos chamados grupos de louvor de suas igrejas.
Inclusive quanto à efetiva questão louvor, cabe ponderar veementemente, que sem
o pressuposto de fato cantar em adoração a Deus Pai e a seu Filho, o Senhor
Jesus; o cantar para alegrar-se, em homenagem à família e coisas desse gênero,
como o momento abrace seu irmão, muito valorizado nas igrejas, mesmo as sérias,
precisam ser adequados ao que é de fato bom para o Evangelho no louvor e
adoração a Deus Pai e o seu Filho Jesus.
9
A base ou o importante nessa
questão louvor, é que quando no templo deve ser plenamente identificado a
priori, e exercido em princípio somente o que diz respeito a Deus Pai e a seu
Filho, o Senhor Jesus; onde os cânticos que exaltam a comunhão entre irmãos ─ me
perdoem a franqueza; é o momento que poderia ser chamado de momento hipocrisia,
pois, na realidade, não existe essa relação no dia-a-dia dos irmãos, e deveria
ser atenuado na direção de um mínimo possível ou extinto na direção do
tão-somente saudar os visitantes (sendo isso importante).
10
Não é impertinente ou sem necessidade
essa prévia revisão e classificação da mensagem contida nas letras dos
cânticos; porque se sabemos que Deus não leva em conta os tempos de ignorância,
também sabemos (ou não sabemos?) que Deus quer que sejamos sábios.
Principalmente quanto ao conteúdo (informações das letras) e a qualidade do
exercício do louvor e da adoração, que são o motivo de termos sido criados, e
continuará sendo após a nossa ressurreição.
11
Todavia (ponderado acima), no
momento em que são identificados os nossos visitantes; nota-se visivelmente na
maioria dos irmãos (falando por mim; sinto o maior prazer em recepcionar um
visitante) a satisfação em cumprimentá-los ─ sendo isso comum e verdade em
todas as igrejas. Ainda com relação ao “momento um abraço meu irmão” (sendo
repetitivo); os irmãos sérios se ressentem que não há esse relacionamento no
dia-a-dia, nos quais nos ignoramos até numa pequena saudação como, um “bom
dia”.
12
Não há aqui uma acusação
gratuita e sem o devido embasamento na verdade e sim um fato que todos nós
conhecemos e também com ele convivemos. A questão é que o modismo de querer
criar um clima de euforia nos cultos; no qual, para se legitimar isso se
construiu o argumento filosófico do chamado culto horizontal; estranhamente não
entendendo que culto (no seu entender etimológico pleno) se constitui em
homenagem ou exaltação a alguma divindade ─ decididamente (sem radicalismo) é estranha
ao ambiente do templo a exacerbação da confraternização forçada (que na prática
sabemos ser hipócrita) , que até do ponto de vista lógico só promove a
emotividade; que pode estar dentro do espiritual, todavia não tendo relação
intrínseca com o efetivo culto e a espiritualidade plenamente racional com um
mínimo necessário de emoção, que acontece ou aconteceria naturalmente sem
manipulação de condicionamento.
13
Precisamos reavaliar a nossa
visão de culto e louvor ─ sem perdermos a visão inicial maior, de que cultuar é
primeiramente ação individual (da pessoa, indivíduo). Em vista disso, dentro
desta visão de reavaliar, há que se considerar e ter respeito a essa liberdade
individual no culto (ainda que quando coletivo); que se conseguirá a otimização
através do melhor estudo da Palavra nesse pormenor, quando chegaremos ao
patamar sinalizado pelo Senhor Jesus como ensinou à mulher samaritana, e em
conseqüência a nós, o de fato adorar “em espírito e verdade” (João 4.
22-24).
14
Isso quer dizer de forma
efetiva que precisamos urgentemente de maturidade nessa questão; sem o
engessamento do formalismo, sem o liberalismo infantil que grassa de maneira
poderosa no meio evangélico; mas sim, louvarmos e adorarmos verdadeiramente em
espírito e em verdade ─ com cânticos cujas melodias e letras sejam verdadeiramente
inspiradas por Deus ─, porquanto, as que assim são têm beleza melódica, e não
como certas coisas que estão por aí, que são como que feitas a marteladas ─;
também com letras que não correspondem às verdades efetivamente bíblicas.
15
Sem querer ser radical ─
porque decididamente, adorar e louvar a Deus Pai e o seu Filho, o Senhor Jesus
há de ser o centro e o motivo maior de uma congregação de salvos quando
reunidos. No que, esse pressuposto básico engloba ou traz para si a necessidade
de todas essas ponderações feitas até agora e as que se farão no seguimento
deste pequeno estudo.
16
O título desse pequeno
comentário (como vimos) é Cânticos de louvor e adoração a Deus, daí concluir
que necessariamente ─ como já ponderei de maneira veemente desde o início ─;
continuar a desenvolver, e a conclusão deste trabalho, terá de forma específica
a sua formatação em função de cânticos e o que eles são como melodia e letra e
até ritmos.
17
No nosso universo de cânticos
de louvor e adoração, temos cânticos lindíssimos, com letras inteligentes e de
acordo com o que é bíblico; mas, temos também que reconhecer e nos preocuparmos
com o grande número de cânticos, que claramente não têm nenhum compromisso com
o belo quanto à melodia (e sim o apelo comercial) e muito menos com a exatidão
da mensagem bíblica que deveria estar contida em suas letras. Sendo o trágico,
lamentável, e deve preocupar a todos nós é que por falta de conhecimento
bíblico de lideranças de grupos de louvor, ministros de música e até pastores,
que permitem que cânticos com esse perfil indesejado sejam incorporados aos
repertórios de suas igrejas. Sem falar nos cânticos chamados “de fogo“, os que
enaltecem fatos do Antigo Testamento, dando-lhes conotação gentílica
contemporânea (quando na realidade os agentes e sujeitos daqueles fatos
específicos são os judeus) e os com letras que retratam o cotidiano de maneira
jocosa. Quanto à denominação de cânticos de fogo; o pior e mais lamentável é o
fato desses cânticos, principalmente, exaltarem em suas letras o pretenso
segundo Batismo com o Espírito Santo e associá-lo ao elemento fogo, no que,
para as várias reações emocionais lhes creditam pirotecnia, que seria advinda
do Espírito Santo. Isto a partir de Atos 2. 3 e as falas com inserção retroativa
(anacrônica), nas quais, Mateus 3. 11 e
Lucas 3. 16 dizem que João usara o elemento fogo nas suas falas ─ isto pelo
fato de assim ter acontecido no Pentecostes, que foi registrado muitos anos depois
nos evangelhos. Sobre este assunto, de maneira pormenorizada falarei em blog
posterior com o título de O Revestimento Compulsório do Espírito Santo; no qual
explicarei a improcedência do segundo Batismo e de toda essa associação indevida
com fogo, que foi simplesmente alegórica e só aparecem nestes três textos do
Novo Testamento, e quanto ao segundo Batismo, o que a Bíblia ensina é
enchei-vos ou a plenitude do Espírito Santo.
18
Preliminarmente ─ ainda que
não fosse pertinente a ponderação sobre erros teológicos (doutrinários) que não
devem estar presentes nas letras dos cânticos a serem usados ainda que no nosso
dia-a-dia , caberia a ponderação de que
os cânticos que são parte do repertório musical das igrejas, não só sejam
agrupados por ordem alfabética ─ para serem localizados com facilidade , mas principalmente pelas suas funções
quanto à adoração e o efetivo louvor a Deus o Pai e a seu Filho, o Senhor Jesus.
E se você esta estranhando as sucessivas reiterações minhas quanto à
preocupação em definir efetivamente as pessoas de Deus, o Pai e do Senhor
Jesus, dê uma olhada no texto de Apocalipse 5. 13, pois é esse o perfil que
devem ter os cânticos mais cantados nos cultos
─ afinal de contas nós vamos às
reuniões no templo para que? Senão para adorar e louvar em espírito e verdade a
Deus Pai e ao seu Filho Jesus. A reunião no templo não pode ou poderá ser de
maneira alguma uma espécie de POINT para encontros diversos ou reunião de
cânticos alegres para confraternização dos irmãos ─ que é necessário que aconteça
sempre, entretanto no dia-a-dia de cada um de nós e em festividades sociais dos
membros das igrejas.
19
Agora efetivamente falando
sobre cânticos e o conteúdo de suas letras, vou usar como exemplo e referencial
um, que de antemão vejo e entendo como o de uma melodia lindíssima, cuja letra
é de uma ótima construção poética e gramatical também o ritmo, muito bem
escolhido, sendo esse o motivo pelo qual escolhi este cântico (que, como já
afirmei, passa pelo crivo teológico da maioria dos pastores) e, também porque é
visível nele o interesse de fundamentá-lo em textos e eventos Bíblicos...
Acabou o suspense! O cântico em apreço é o DUPLA HONRA, que como já disse está
num nível acima da maioria de muitos cânticos.
20
A questão teológica ou
colocando o teologuês de lado, ou melhor, tirando a auréola de dificuldade que
colocam em certas terminologias ─ que se
resolvem facilmente com um bom dicionário; é algo muito sério quando se seguem
tendências culturais ─ como os religiosos judeus fizeram através da tradição
judaica ─, também como vemos na valorização de símbolos e o alinhamento com
alguns ensinamentos do Antigo Testamento. É exatamente isto que aconteceu com o
cântico dupla honra, elogiado por mim até agora.
21
A primeira observação que
quero fazer; é que no elenco das sete intervenções de Deus listadas (citadas na
letra) no cântico Dupla Honra tem contornos da visão triunfalista (específica
dos judeus) do Antigo Testamento, que não procede na era da graça,
conseqüentemente a nós gentios, e até mesmo aos judeus como cristãos, senão
somente como povo, nação.
22
Para melhor analisar esse
cântico, vou identificar a base bíblica de cada um dos seus versos: I ─ Salmo
23. 5; II ─ Salmo 91. 1; III ─
Apocalipse 7. 17; IV ─ Êxodo
14. 15-25 e Josué 3. 13-17; V ─
Daniel 4. 32; VI ─
Salmo 40. 1 e Salmo 116. 2; VII ─
Salmo 23. 3 e o refrão (estribilho) tem base em Isaías 61. 7.
23
Quando disse que o cântico
DUPLA HONRA tem todo um contorno de triunfalismo que é incompatível com a era
da graça, isto é até ponto pacifico, pois, quem tem conhecimento bíblico,
facilmente identifica essa tendência, que é muito acentuada hoje na grande maioria
das igrejas ditas evangélicas, senão vejamos:
24
O verso primeiro já
inviabiliza o seu uso como cântico de louvor e adoração por uma igreja que
professe o nome do Senhor Jesus, que nos ensinou que amassemos até os nossos
inimigos (Mateus 5. 43-48). Você que está lendo essa avaliação, agora pensando
com seriedade sobre o versículo 5 do Salmo 23, no qual é dito que “Deus prepara
uma mesa para mim na presença dos meus inimigos”; será que o seu conhecimento
sobre a Palavra de Deus é tão pequeno; que não possa fazê-lo entender que na
Bíblia é ensinado que isso que Davi dissera no passado, o Senhor Jesus
modificou; e não mais podemos e poderemos ter qualquer animosidade contra quem
quer que seja, e muito menos cantar isso como adoração e louvor a Deus.
25
O segundo verso tem a sua base
no Salmo 91. 1, que é improcedente, pois como já transcrevi no meu trabalho
sobre anjos, a explicação constante no nosso livro ainda não editado, O Mover
do Espírito. Que embora vários irmãos já tenham tido acesso às minhas
ponderações sobre o Salmo 91; todavia se faz necessário reproduzi-la também
aqui.
26
Como já disse a abrangência
maior que estou dando a este pequeno estudo (e espero que você ajude mais ainda
nesse pormenor); e vou aproveitar parte do meu terceiro livro (ainda não
editado), para mostrar o quanto é prejudicial o uso indevido de certos textos
bíblicos e como erradamente são interpretados; como no caso do Salmo 91, que
inclusive ganhou status de amuleto de proteção, justamente em função do
versículo 7 (mil cairão ao teu lado e dez à tua esquerda), e o versículo 11
(aos seus anjos dará ordem a teu respeito). Vejamos o que de fato é correto na
interpretação do Salmo 91 (como está neste meu livro): Início da
transcrição Há também uma questão
muito importante e séria em termos de interpretação ou aplicação de textos
bíblicos, que é a de universalizar (aplicar a tudo e a todos um determinado
texto) textos claramente específicos quanto ao ator (aquele que pratica a ação)
─ que no caso do Senhor Jesus, só
teremos abertura comparativa para uso via homilética (discurso, pregação);
sendo essa ponderação até provocativa, pois se constitui em um absurdo o uso do
texto do Salmo 91 como amuleto de defesa espiritual ─ pois
pessoas colocam a Bíblia em determinado lugar, aberta na página que lhe é correspondente e, até já vi este Salmo sendo
usado como uma espécie de receituário da chamada cura interior ─ cada versículo
como resposta a um problema de ordem psicológica. Entretanto, quem o lê, vê
claramente na sua narrativa a presença de um ator específico, que é identificado
por Satanás com a aprovação do Senhor Jesus; para a qual Mateus fornece o
contexto para isto em Mateus 4. 6, também Lucas 4. 10; e além do texto do Salmo
91 ser objetivamente claro quanto a um personagem específico ─ como Isaías 53,
crido por todos ser referente ao Senhor Jesus ─; agora nestes dois Evangelhos,
os seus autores informam literalmente que o personagem do Salmo 91 é o Senhor
Jesus, e que este Salmo não pode e não deve ser usado como amuleto; para a
minha defesa, para a sua, ou para a de quem quer que seja e muito menos como
receituário de cura interior.
27
Buscando um melhor
entendimento para a clara interpretação de ser o Senhor Jesus o personagem do
Salmo 91 ou este Salmo ser de fato um texto profético sobre Jesus, senão
vejamos: o primeiro versículo deste Salmo diz: “Aquele que habita no
esconderijo do Altíssimo à sombra do onipotente descansará”. Considere preliminarmente,
o fato desta primeira informação, de todo o texto deste Salmo escrito no início
do décimo século a.C., centraliza (até por coerência gramatical) e sinaliza,
que tudo o que será dito nas informações subseqüentes estará intrinsecamente
ligado “àquele que habita no esconderijo do Altíssimo”. Notem que AQUELE que
habita (habita, tempo presente, e fora escrito a 10 séculos a.C.), na efetiva
avaliação etimológica e semântica do texto
embora seja um texto poético,
isto quer dizer que qualquer pessoa que habita (no sentido que está informado,
é que mora, reside, habita), infere ou conclui inevitavelmente que quem habita,
habitou, habitava e habitara “desde de”, ou sempre habitou ─ num
pretérito infinito, cuja retroatividade na forma verbal rumo ao passado ─
tratando-se de Jesus, não poderá efetivamente ser definido em português ou
qualquer outro idioma, mas, o texto
sagrado pode, conforme João 1. 2 ─ “no
princípio ele estava com Deus” (habitava com Deus, o Pai desde sempre). Segundo essa visão de inferência (gosto deste
termo), a efetiva conclusão ou ter que inevitavelmente concluir. Digo de forma
definitiva que não, de maneira nenhuma e sem a menor possibilidade de qualquer outra
pessoa (senão o Senhor Jesus) pudera, pode ou poderá ser entendido como AQUELE
que é a pessoa (sujeito em todas as frases, orações) do Salmo 91. Sendo
repetitivo, para que não haja dúvidas... AQUELE (pronome demonstrativo) que
habita (já residia, morava, habitava quando o salmista escreveu este Salmo, há
10 séculos a.C.), não pode ou poderá ser nenhum outro, senão somente “aquele”;
exatamente diferente de João 3. 16 ─ (...) “todo aquele ou aqueles”. “AQUELE
que habita no esconderijo do Altíssimo” é o mesmo que “no princípio Ele estava
com Deus” (João 1. 2), até porque, só aquele que habitava pode ser o que habita
e habitará. Se você ainda tiver dúvidas sobre isso, ore e estude mais o texto
sagrado.
28
Ainda, para que fique bem
clara essa questão quanto a esse primeiro versículo. Há verbos com características
próprias interessantes, como o verbo habitar e os seus sinônimos correspondentes,
como: residir, morar, cuja característica quanto à ação que o verbo exprime é diferente;
por exemplo, o verbo andar (e outros), cuja ação está a partir do que informa a
conjugação do verbo quando usado, se no presente do indicativo, no exato
momento que eu que estava parado começo andar. Diferentemente, só posso
dizer que alguém mora, reside ou habita; se esta pessoa já estiver morando,
residindo ou habitando em determinado lugar, antes do que indica a ação verbal.
De maneira cristalina e sem a menor dúvida se conclui, que nem o rei Davi (que
viveu há 10 séculos a.C.) poderia ser aquele ou um daqueles que habitariam no
esconderijo do Altíssimo e muito menos qualquer um de nós nos dias de hoje;
porque quem habita mora ou reside, tem que já estar morando ali (no local) para
que se diga que essa pessoa reside, mora ou habita nesse lugar.
29
Do versículo 2 ao de número 9,
nessa construção poética e também profética ─ que é este Salmo, também outros e
vários outros textos de outros autores do Antigo Testamento é construído um
elenco (rol, lista) de direitos ou “poderes compulsórios” DAQUELE que habita ; ou segundo o próprio texto, no final do
versículo 9 ─ “e do Altíssimo a tua habitação”.
30
Quanto aos versículos 7 e
8 ─ que primariamente englobei no
parágrafo anterior, ainda vou comentá-los em função da falta de entendimento
teológico que tem havido quanto a lei e a graça. Os versículos finais ─ já citados
anteriormente ─, têm contexto comprobatório com a pessoa do Senhor Jesus. Os
versículos 10, 11 e 12, são citados literalmente por Mateus 4. 6 e Lucas 4.
10-11 (com já ponderei), quando na tentação de Jesus, no momento em que Satanás
evocou estes textos do Salmo 91, dizendo que esses poderes e direitos descritos
neste Salmo se relacionavam com Jesus; que concordou plenamente com esta
citação de Satanás, tendo inclusive feito a contraposição exatamente na direção
do que preceitua ou informa o Salmo 91 citado pelo tentador, conforme Mateus 4.
7 ─ “Replicou-lhe Jesus: Também está
escrito; não tentarás o Senhor teu Deus”.
O versículo 13, que inclusive é associado indevidamente a Romanos 16.
20 “E o Deus de paz em breve esmagara
a Satanás debaixo dos vossos pés” ; no qual se interpreta erradamente que nós
podemos pisar em Satanás e até zombar dele ─ inclusive existe um cântico, de
melodia ruim, letra ridícula de desastre teológico, muito cantado nas igrejas,
sendo o seu refrão debaixo dos meus pés, uma espécie de mantra; como os que
estão presentes em vários cânticos dos Valadãos. Não se escandalize não, e, pelo contrário
estude a Bíblia, pois o que podemos dizer e fazer com relação ao inimigo (Satanás)
é: Saia em nome de Jesus e o Senhor te repreenda! Se você quer outra
referência quanto a quem pode de fato pisar em Satanás, leia Gênesis 3. 15,
onde a descendência ali referida é o Senhor Jesus e a serpente é Satanás.
31
Os três últimos versículos,
embora tenham toda uma formatação de antropomorfismo ─ que é a característica
de toda linguagem bíblica, que carrega ou mostra objetivamente no versículo 15 (na
parte c), um dado ou informação que foi literalmente contextualizada por Paulo,
quando escrevendo aos Filipenses 2. 9-11 (sendo que este texto é contexto dos
versículos 14, 15 e 16 do Salmo 91) ─ “pelo que também Deus o exaltou
soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo nome; para que ao nome de
Jesus, se dobre todo joelho dos que estão nos céus, na terra e debaixo da
terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de
Deus Pai”. Fim da transcrição.
32
Terminando esta pequena
avaliação sobre o Salmo 91; se conclui que a alusão à informação do seu
primeiro versículo, feita no segundo verso do cântico dupla honra, é totalmente
improcedente (que foi usada pelo erro cultural de universalizar o personagem do
Salmo 91), pois, quem estava e está no
esconderijo do Altíssimo (segundo o Salmo 91, no seu primeiro versículo) é o
Senhor Jesus, daí, o segundo verso de dupla honra é um erro sério de
conhecimento bíblico, onde digo “sério” porque cânticos são importantes
elementos formadores de opinião.
33
O terceiro verso do dupla
honra, como já informei, tem o seu contexto em Apocalipse 7. 17, que é
plenamente neotesmentário; faz-nos concluir ser esse cântico uma espécie
miscelânea (se preferirem, medley) teológica, onde os dois primeiros versos têm
fundamentação no Antigo Testamento, em cujas informações deve haver um efetivo
batimento com os ensinamentos do Senhor Jesus e dos seus discípulos, enfim, o
Antigo Testamento se interpreta com o Novo testamento. No que, o primeiro e o
segundo verso do cântico são péssimos erros teológicos.
34
O quarto verso desse cântico
tem contexto em Êxodo 14. 15-25 e Josué 3. 13-17. Sendo motivo de grande
preocupação, como a falta de conhecimento bíblico, bloqueia e impede a
avaliação madura e consciente de informações bíblicas; as quais acabam passando
despercebidas na sua exatidão e são transferidas para membros de igrejas
sérias; porém com as mesmas limitações de conhecimento bíblico e, o pior, em
grande parte, com forte tendência a seguir a “onda” cultural; quando não vêem a
especificidade dos eventos da passagem do mar vermelho e do rio Jordão, que
foram experiências específicas do povo de Israel ─ nos
quais, a verdade bíblica, o respeito a esse povo (que é a nação sacerdotal) e o
específico do fato bíblico; tem que ser creditado a eles, como o lindo e
teologicamente correto, o cântico de autoria de Sergio Lopes sobre o cativeiro
babilônico. Do outro modo, tomemos todo cuidado com essa repugnante
contemporânea valorização; de símbolos, eventos, e até ditas promessas, como a
feita a Calebe (Josué 14. 9), que é muito usado pelas diversas igrejas
caça-níqueis. Fiquem atentos com esses irmãos que se aferem hoje por essa
promessa, quando eles colocarem o “pé” dentro do teu carro, tua casa ou tua
empresa (que você comprou com grande sacrifício, e ainda os está pagando), pois
os líderes das igrejas que eles freqüentam; dizem que onde eles colocarem o pé
aquilo lhes pertencerá. Perdoe-me a veemência, mas ela é pertinente, porquanto
essas coisas que estão sendo difundidas ostensivamente por aí, são muitos
sérias.
35
O quinto verso desse cântico
tem um contexto muito claro e literal, no livro de Daniel 4. 32, e graças a Deus, que esse quinto verso
do (dupla honra), está corretamente colocado na letra desse cântico, do ponto
de vista teológico. No passado, presentemente e no futuro; foi, é e será Deus
quem estabelece reis e os faz cair, sem que isto (neste pormenor) tenha
especificidade local, da nação ou temporal.
36
O sexto verso tem contexto com
o Salmo 40. 1 e Salmo 116. 2, que nestes Salmos, a ênfase do salmista é
claramente de valorização da misericórdia de Deus quanto ao ouvir nossas orações
e não que sejamos maravilhosos merecedores deste inclinar-se; já no cântico
dupla honra, esse poético inclinar-se de Deus para ouvir a minha voz, usado
pelo Salmista, soma-se (conjunção “e” do verso 7) ao “E porque eu me apeguei a
Ti” (o meu mérito de apegar-me a Ti), é o verso que define quem é o centro ou a
pessoa importante desse cântico ─ porque eu me apeguei a Ti / O meu El Shaday
tem para mim / Para cada dia de vergonha, dupla honra ─
Porque me apeguei a Ti; ganho o direito de ter da Tua parte, dupla honra.
Em síntese, é isto o que quer dizer esse cântico, ou de maneira mais objetiva;
toda a sua construção ─ embora de ótima qualidade gramatical e poética é
plenamente egocêntrica (exalta a quem canta), portanto à luz de Romanos 12. 1-2
de pouco valor para louvor e adoração. “Necessitamos urgentemente chegar a esse
nível de informação e conhecimento bíblico” que estou defendendo aqui.
37
O sétimo verso já está
comentado acima. Agora quanto ao refrão (estribilho); primeiro, a sua parte “a”
mostra que precisamos urgentemente retirar dos nossos cânticos as terminologias
judaicas, como: El Shaday, El Eliom e vários outros nomes atribuídos a Deus
pelos judeus (que devemos estar informados sem efetivamente usá-los), que são
parte da sua cultura de fobia do uso do nome de Deus. Se Deus o Pai devesse ser
chamado de maneira diferente que não fosse Deus (grego, Θεóς); de alguma forma
isso estaria sinalizado nos escritos do Novo Testamento; mas, pelo contrário,
foi através do idioma grego que a Palavra de Deus chegou a todos os outros
idiomas; embora o Senhor Jesus tenha ensinado em aramaico, e não tenha
ponderado sobre essa questão nome do Pai, que inclusive detalhei sobre isso no
subtítulo Erro do Terminologismo, no meu livro, ainda não editado, O Mover do Espírito.
38
A parte “c” do refrão
(estribilho) primeiro decorre de interpretação errada do texto de Isaías
capitulo 61, do qual o autor de dupla honra, faz uma adaptação do versículo 7;
ignorando o “contraponto absoluto de vergonha versus dupla honra”,
fracionando-o em dias, onde resultou o “para cada dia de vergonha, dupla
honra“. Esclarecida essa questão da adaptação (que do ponto de vista aritmético
não há erro), caminhemos na questão mais objetiva quanto a este refrão; que é a
base de apelo desse cântico e a sua efetiva concordância com o texto bíblico.
Sem valorizar a procedência ou não da adaptação do versículo 7; há algo
muitíssimo sério quanto à forma como este versículo 7 (que é parte de Isaías
61) é usado, pois é claro na formatação do cântico, que a leitura de Isaías 61
é dentro do horizonte do Antigo Testamento e, sendo aí que se consolida o
problema sério quanto ao uso deste texto.
39
Como tenho ponderado, há que
se tomar o máximo de cuidado quando da interpretação de textos bíblicos e o seu
uso na direção de ensinamentos, senão vejamos: Tenho dito reiteradas vezes em
diversos trabalhos; que grande parte dos textos bíblicos é específica (estão
relacionados a atores, eventos e cronologia que lhes são próprios), nos quais,
sem mais nos alongarmos; o texto de Isaías 61 é um texto específico, e não tem
efetivamente nada a ver com o período de Isaías (que é o momento em que se deu
a compulsão profética); e sim é um texto profético com relação ao ministério do
Senhor Jesus, que Isaías profetizou sem ter a exata consciência do que estava
dizendo e para se cumprir quando e em quem.
40
No Evangelho segundo Lucas 4.
14-21, o Senhor Jesus estando na sinagoga da cidade de Nazaré; foi-lhe dada a
oportunidade para ler (como era de costume) as Escrituras, onde e quando lhe
foi dado um pergaminho de um texto do profeta Isaías (o capítulo 61), que Jesus
após o ter lido, disse que o profetizado naquele texto, estava se cumprindo
naquela sua leitura, ou o que Isaías dissera no capítulo 61, era na realidade
uma profecia sobre o seu ministério. Falando agora especificamente sobre a era
da graça. O ministério do Senhor Jesus é o início da consolidação do plano de
Deus para salvação de toda a humanidade e, se você não esqueceu (porque a
maioria tem dado mais importância à saúde, casa própria e principalmente
dinheiro), isto consiste em aceitá-lo como salvador e viver eternamente.
41
Agora, após trazer à lembrança
a grande e maravilhosa promessa ─ que a maioria dos ditos crentes não está
muito interessada, a vida eterna oferecida a nós pelo sacrifício do Senhor
Jesus poder-se-ia entender melhor o texto de Isaías 61; que é a base bíblica do
refrão (estribilho) do cântico dupla honra, e concluir ser esta dupla honra ─ que
na idéia do cântico e a expectativa dos que o cantam com a maior alegria; ser o
meu sobrepor aos meus inimigos, prosperar, ser feliz, enfim, tudo correr
duplamente melhor na minha vida; mas não é exatamente isto, cujo horizonte é
terreno, e sim; sendo Isaías 61 um texto profético sobre o ministério de Jesus,
dupla honra é exatamente viver eternamente ou se preferirem, não dupla honra e
sim ETERNA HONRA ou a vida ETERNA com JESUS.
42
Para ser mais objetivo, vejamos o que conclui
esse cântico à luz de uma paráfrase com o texto de João 3. 16 ─ Porque “EL
Shaday” (Deus ─ grego, Θεóς) amou o mundo de tal maneira, que deu seu filho
unigênito, para que “todo aquele que se apegue a Ele” não pereça, mas tenha
“eterna honra”. Observe com atenção, que
essa paráfrase corresponde exatamente à interpretação correta de Isaías 61 ─ que
é uma profecia sobre o ministério de Jesus, na qual fica perfeitamente claro
quem ou quais são os importantes em Isaías 61, ou seja: Isaías 61. 1 ─ O Espírito do Senhor Deus (o
Deus que amou o mundo de tal maneira) está sobre mim, porque o senhor me ungiu
para pregar boas novas aos mansos (seu Filho unigênito) (...). Não eu (nem
você), que me apeguei a Ti (embora para Ele sejamos importantes, pois mandou o
seu Filho para morrer por nós), mas sim Ele e o seu Filho, que sobremodo nos
amaram (João 14. 23).
43
Considerando o que disse no final
de um parágrafo anterior ─ sobre o
precisarmos ter um bom nível de conhecimento bíblico, para fazermos avaliações
semelhantes às que estou fazendo. É porque de fato, o Senhor nosso Deus espera
que muitos de nós apresentemo-nos e façamos trabalhos parecidos com este (o que
demandará a busca de conhecimentos para tal) como fizeram: Moisés, Isaías,
Daniel, Esdras, Mateus, Paulo Lucas, os diversos reformadores e muitos de nós,
pelos quais Deus espera para sermos instrumentos do seu Evangelho. A este bom
nível de conhecimento bíblico necessário, agreguemos o bom-senso e a
sensibilidade ao que possa ser romântico, erótico e sensual; porque
infelizmente a maioria dos nossos ritmos (os latinos) tem grande carga erótica
e sensual, impossibilitando o seu uso para cânticos de louvor e adoração a Deus;
por induzirem à dança erótica e libidinosa (mesmo assim usam esses ritmos); que
só caberia (o erótico e sensual) a louvor profano e diabólico (culto a demônios,
nos quais se pratica, inclusive, orgias sexuais) ou na música popular para nós
humanos ─ para os quais o sexo é normal na medida em que Deus estabeleceu ─; que
envolvem o pleno romantismo, o erótico e o sensual de forma normal e agradável
a Deus. Também letras que reproduzam o amor Eros no nosso relacionamento com
Deus e o seu Filho, o Senhor Jesus é heresia e desrespeito, como alguns muito
cantados nas igrejas, por exemplo, o intitulado A Noiva, que no final do
estribilho diz: ─ me envolver em teus braços e sentir teu calor /. Coisa esta
que só acontece no texto sagrado, de Gênesis a Apocalipse de forma didática, de
Deus para conosco, e de forma nenhuma de nós para com Deus.
44
É pertinente o que estou
dizendo, porque mais de 50% de nós crentes que cantamos louvores, na realidade
não analisamos o que estamos cantando e, se porque ou para quem? A outra parte,
a dos menos que 50%, pensam que sabem exatamente sobre o que estão cantando. Se
o que estou dizendo não é verdade, estarei tremendamente enganado quanto ao que
tenho estudado e escrito aqui, todavia, creio que não; pois assim sendo
teríamos ponderações restritivas aqui e ali da parte destes e daqueles,
semelhantes e com a mesma veemência dessas que estou fazendo.
45
Deus quer de nós, cultos
racionais e inteligentes em todos os sentidos, como nos diz Paulo em Romanos
12. 1-2. Observem o carnaval, no qual, aqueles que são responsáveis pelos
desfiles das escolas de samba esmeram-se na pesquisa histórica sobre os temas,
no compor as melodias, de um modo muito sério e grave, na feitura das letras do
samba enredo, posteriormente há ainda um trabalho mais intenso ─ que envolve
artistas plásticos, cenógrafos, mão-de-obra especializada e a de apoio, na
identificação plena das alegorias com o enredo; também se ensaia quase que o
ano todo, para que tudo seja belo e bem feito, sendo isso um proceder padrão
indispensável.
46
Creio que após essas
ponderações finais, não haverá a mínima possibilidade de eu ser rotulado de
fariseu e radical, porque, pasmem! Se os do mundo têm todo o zelo, preocupação
com o que lhe é importante, todo carinho e empenho para com o profano; aquilo que, diferentemente a maioria de nós entende como diabólico, como
é que ditos servos do Deus Altíssimo, não caminham na direção de seriedade no
mesmo grau de qualidade naquilo que julgamos estar fazendo para Ele?
47
Aproveito aqui para dar uma
pertinente alfinetada nos “evangelistas canavalescos gospel”; que tendo todo o
ano para evangelizar os foliões nos ensaios das escolas de samba (com grupos
pequenos e de maneira tranqüila); preferem ─ e com que disposição! Participar
efetivamente do carnaval com os “seus blocos”. Com este modelo de
merchandising, que fere totalmente a ética cristã e até agride o bom-senso do
ponto de vista humano. Se a questão é marketing (aparecer, tendo plena
visibilidade na Mídia), que se fique tão-somente com o que já se faz de forma
concomitante durante o ano todo ─ os programas de TV, Rádio e outdoors. Também digo
que tenho a plena consciência de que a crítica que estou fazendo; bom seria que
não precisasse fazê-la; todavia, tenho todo o direito cristão de apontar erros
como este ─ que é o que o Senhor Jesus mandou que fizéssemos, para as pedras
não clamarem pela minha (ou nossa) omissão. E não sejamos infantis em não
considerar o que Paulo nos adverte sobre essas ditas estratégias atribuídas
levianamente a revelações dadas por Deus. Porque é deveras elementar, que Deus
não mandaria um grupo e seus servos participar efetivamente de uma festa
(humana e cultural, que é parte do nosso folclore; isto se respeita como
direito do mundo), entretanto reconhecidamente profana do ponto de vista
espiritual, o carnaval; incompatível com a fé cristã, como a Igreja Católica
tem coragem e bom-senso de se posicionar.
48
Concluo sobre o cântico dupla
honra e tudo que queiramos efetivamente aprender da Bíblia. Ser o estudo
bíblico coisa muito séria, “coisa muito séria, coisa muito séria” (perdoe a
repetição). Notem que em momento algum disse ser difícil, até porque temos
disponibilizado a nós a todo o tempo a ajuda do Espírito Santo do Senhor para
nos capacitar neste mister.
49
Fecharei esse pequeno comentário
com um lembrete que julgo muito importante e oportuno, que é dizer serem
levitas (como a maioria indevidamente quer entender) no sentido figurado do
Antigo Testamento, não somente aqueles (homens e mulheres) grandes
instrumentistas, grandes cantores (gogós de ouro) e grandes compositores; mas,
de igual modo o pastor, mesmo não sendo instrumentista ou cantor e também todos
os que prestam serviços no templo. Outro lembrete importantíssimo ─ sendo os
brilhantes instrumentistas, as vozes maravilhosas e importantes, e os grandes
compositores (considerando que esses dons foram dados por Deus) se lembrem de
que aquele ou aquela, que vocês não têm dado muito valor; seriam também como
vocês, ditos levitas (nessa comparação do que já é passado e não existe mais),
e pode acontecer que Deus atente mais para este ou aquele levita que faz a limpeza
do templo com todo amor, carinho e respeito a Ele, o Pai e ao seu Filho o
Senhor Jesus, do que para qualquer outro dito levita seja: pastorzão,
cantorzão, instrumentistazão, professorzão, compositorzão ou qualquer outro
“zão”. Ainda, considerando o meu aparente aceitar da continuação do chamado
ministérios levítico ─ o fiz tão-somente como elemento didático de comparação ─, entenda, e isto é plenamente bíblico: o
não existir desde o início da Igreja de Cristo, esse dito ministério levítico
(que vou explicar com todos os detalhes num trabalho futuro sobre dízimos). Não
há nenhum levita no sentido da função na era da graça (leia-se na Igreja),
inclusive, não é citada nem dada nenhuma ênfase à tribo de Levi no Novo
Testamento, ou pior, o escritor aos Hebreus diz de maneira pormenorizada que
esse ministério era passado. Que não aparece em nenhuma das igrejas do Novo
Testamento e é explicado pelo escritor aos Hebreus (reiterando, Hebreus
capítulo 7) não mais existir todas essas coisas (inclusive ditas promessas
específicas dos judeus) pós o início do ministério do Senhor Jesus, traz do
Antigo Testamento somente os princípios morais e espirituais, como o Senhor
Jesus e os apóstolos informam de maneira clara no Novo Testamento. Tem muitos
espertalhões ávidos de projeção pessoal e ganhar dinheiro com o Evangelho, que
aí estão se intitulando muitas coisas e prometendo muitas outras na conta de
Deus e de forma concomitante se apresentando com tesoureiros de Deus para
receber o dinheiro que Ele não os mandou pedir, como Jesus diz em Mateus
10.8 ─
Curai os enfermos, ressuscitai os mortos, limpai os leprosos, expulsai
os demônios; de graça recebestes, de graça daí.
50
Que Deus nos abençoe e quebre
(a semelhança do vaso na mão do oleiro) toda e qualquer tendência de orgulho
que possa surgir em nós, e a avareza de usar o Evangelho como negócio para
ganhar dinheiro; fazendo-nos dóceis ao comando do seu Santo Espírito, para que
possamos ser úteis a Ele e ao seu Filho, o Senhor Jesus, aos nossos irmãos, ao
nosso próximo e a nós mesmos. Amém!
51
Veja a letra do cântico DUPLA HONRA
e a sua base bíblica ou as referências que lhe cabem.
CÂNTICO DUPLA HONRA
GRUPO ─ RENASCER PRAISE
Não encontrei referências para
contexto objetivo dos principais versos do refrão (que decorreu de uma exegese
egocêntrica) e sim, tão somente, para o verso dupla honra.
LETRA
Quem
prepara para mim mesa frente ao inimigo Salmo 23.5. Versículo específico da era da lei, não tendo
hoje na era da graça nenhum valor e é até indevido para o cristão.
E me põe tranqüilo, oculto em
Seu esconderijo ─ Salmo 91.1 (indevido, pois, pertence ao Senhor Jesus de
forma profética).
Para cada lágrima há um rio de
esperança ─ Apocalipse 7.17.
Para cada dia de vergonha,
dupla honra ─ Isaías 61.7 (desnecessariamente adaptado).
És tu, Senhor, quem separa as águas ─ Êxodo
14.15-25 e Josué 3.13-17 (específicos,
os três primeiros versos).
Quem estabelece reis e também
os faz cair ─ Daniel 4.32.
Quem se inclina das alturas ─
Salmo 40.1 e 116.7, que não tem a característica egocêntrica dada no cântico e
sim da misericórdia de Deus em nos ouvir por sua soberana vontade.
Só para ouvir minha voz ─ Textos
acima.
Refrigera minha alma quando
penso em desistir ─ Salmo 23.3.
E porque eu me apeguei a Ti
O meu EL Shaday tem para mim
Para cada dia de vergonha, dupla
honra ─ Isaías 61.7 (adaptação
desnecessária).
ENDEREÇOS
DOS BLOGS
A DOUTRINA DA TRINDADE É HERESIA II E O MANDATO DE JESUS
CARTA ÀS INSTITUIÇÕES E AUTORIDADES
O QUE
É O PLC 122 OU A DITA LEI HOMOFÓBICA?
(sinopse do anterior) www.sinteserespeitoejustica.blogspot.com
O DITO CASAMENTO GAY, A ADOÇÃO E O ENSINO HOMOSSEXUAL NAS ESCOLAS
CARTA ABERTA AO EXCELENTÍSSIMO SENADOR PAULO PAIM SOBRE O PLC 122
NÃO
EXISTE, ABSOLUTAMENTE, ORIGEM GENÉTICA DO HOMOSSEXUALISMO
ESTATUTO DA
HOMOSSEXUALIDADE OU ESBOÇO DE
SUGESTÃO À FEITURA DE LEI SOBRE O ASSUNTO
A
DOUTRINA DAS IDÉIAS E/OU A IDÉIA QUE SE TEM DAS PALAVRAS ─ MEU OITAVO SOBRE
HOMOSSEXUALIDADE
A LEI SECA E SUAS CONTROVÉRSIAS
DITAS LEGAIS, E PAI OU MÃE SÃO LEGALMENTE SOMENTE UM ─ www.leialcoolemiaseca.blogspot.com
DEMAIS BLOGS
SEXO ANAL NO CASAMENTO É PECADO?
EXISTE MALDIÇÃO
HEREDITÁRIA? (inclui um
estudo sobre crimes dolosos contra a vida) ─ www.maldicaosatanasepessoas.blogspot.com
SÓCRATES VERSUS PLATÃO VERSUS
MACHADO VERSUS O AMOR www.socratesplataomachado.blogspot.com Sobre o amor Eros (lesbianismo, pederastia e o heterossexual) nas obras
Fedro e O Banquete de Platão, e Machado de Assis, a obra Dom Casmurro, que
é também sobre o amor (heterossexual); Estudo este, com intrínseca relação com
o PLC 122 no que tange ao amor Eros.
DOUTRINA DA ILUMINAÇÃO DIVINA E PREDESTINAÇÃO ABSOLUTA
VERSUS LIVRE-ARBÍTRIO www.iluminacaodivinaepredestinacao.blogspot.ccm
IGREJA MIL MEMBROS
OU O EVANGELHO
HORIZONTAL (+ sete fragmentos: sinopse sobre Escatologia) ─ www.igrejamilmembros.blogspot.com
O DÍZIMO II OU QUERO A BENÇÃO E FICAR RICO
A NECESSÁRIA TEOLOGIA CRISTOCÊNTRICA DAS CITAÇÕES E
EVENTOS DO ANTIGO TESTAMENTO E DO EVANGELHO
─ www.esdraseneemias.blogspot.com
CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE O ESPIRITISMO NA VERTENTE
SEGUNDO ALLAN KARDEC
A DOUTRINA DA
TRINDADE É HERESIA - - - THE
DOCTRINE OF THE TRINITY IS HERESY
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Como disse no inicio do estudo não
só este, mas tudo o que escrevo , não
tem a intenção de acusar ou ofender quem quer que seja; pelo contrário é o
pleno alinhamento com o Evangelho de nosso Senhor e salvador Jesus Cristo e
seus discípulos, e quanto às criticas e reparos que busquei fazer; observem que
elas têm este fundamentar-se nos atos e palavras do Senhor Jesus e dos
apóstolos, que foram veementes a todo o tempo. No que, entendo que embora cada
um de nós tenha o direito ao livre pensamento e é neste direito que também me
apoio. Busco chamar a atenção por meio destes estudos para a nossa maior ainda
obrigação (compromisso) com a exata interpretação e verdade do nos ensinou
Jesus, o Filho de Deus.
FUTURO BLOG
Este é o meu terceiro Blog, de
uma série de muitos outros sobre vários assuntos que pretendo postar. Sendo o
seguinte (o quarto) sobre o assunto igrejas em células, com o título Coisas
importante sobre igrejas em células.
APELO VEEMENTE
Quanto ao conteúdo dos Blogs
anteriores, deste e dos futuros; no caso do uso de parte das informações dos
mesmos; peço-lhe, usando a mesma força de expressão usada no Blog anterior:
Desesperadamente me dê o devido
crédito de tudo o que for usado não tão-somente em função do direito autoral,
mas, para que, por meio da sua citação,
os anteriores, este, e os futuros sejam divulgados por seu intermédio de
maneira justa e legal.
JORGE VIDAL egrojladiv@yahoo.com.br